quarta-feira, 22 de junho de 2011

Santos aposta em Neymar e Ganso para repetir feito após 49 anos e fazer história

Os tempos são outros, mas as comparações são inevitáveis. Santos e Peñarol voltam a decidir a Copa Libertadores depois de 49 anos. Nesta quarta-feira, às 21h50, no Pacaembu, Neymar, Ganso e companhia podem escrever de vez o nome na história do Santos e também do futebol brasileiro e sul-americano. A aposta é na qualidade técnica das jovens estrelas para coroar uma nova geração. Depois de vencer o time uruguaio na final de 1962, e repetir a conquista em 1963 diante do Boca Juniors, o Peixe pode ser tornar tricampeão da Libertadores em 2011.

Em 2003, foi o time de Robinho e Diego que falhou na missão de repetir o feito de Pelé, Pepe, Coutinho e companhia, ao perder a decisão para o Boca Juniors. Agora, sob o comando do técnico Muricy Ramalho, as chances do Santos são boas. Após empate em 0 a 0 no jogo de ida em Montevidéu, a equipe brasileira precisar de apenas uma vitória simples dentro de casa para levantar a taça. Como na final não existe o critério de gols marcados como visitante, qualquer empate leva a definição para a prorrogação, e caso necessário, pênaltis.

No entanto, mesmo com o estádio lotado de santistas e condições favoráveis, Muricy descarta o favoritismo. "O Peñarol é um time perigosíssimo fora de casa, joga fechado, é experiente, conseguiu bons resultados nesta Libertadores. Estamos conscientes disso. Sabemos que vai ser uma partida dura. A torcida tem que empurrar a gente o tempo todo", disse o treinador.
O Santos terá quase a sua força máxima nesta quarta. O único desfalque é o lateral-direito Jonhatan, machucado. O meia Paulo Henrique Ganso, recuperado de contusão muscular na coxa, e o lateral-esquerdo Léo, qua também não atuou no Uruguaio devido a uma lesão no tornozelo, voltam ao time titular. O zagueiro e capitão Edu Dracena, que estava suspenso, também retorna. Com isso, Danilo será deslocado do meio-campo para a lateral, e Pará vai para o banco.

Mesmo sem ainda estar com 100% de sua forma física, Ganso, ao lado do atacante Neymar, é a grande esperança do clube da Baixada Santista. Disputando a Libertadores pela primeira vez, a jovem dupla ofensiva já ostenta o status de estrela do time. Mais experientes e também com grande importância no esquema, Léo e Elano, remanescentes do time vice-campeão de 2003, esperam agora um final diferente.

O possível título desta quarta-feira vale a mesma coisa que o de 49 anos atrás. No entanto, Muricy está ciente que o reconhecimento e a valorização da Libertadores cresceram bastante nas últimas temporadas.

"Acho que hoje, com a mídia, a importânia é muito maior e a pressão é muito maior. Com certeza, atingamente o negócio era um pouco mais relaxado, mas relaxado no bom sentido", disse o treinador.

Para ser campeão, depois de eliminar América-MEX, Once Caldas-COL e Cerro Porteño na fase mata-mata, o Santos agora precisar superar o tradicional Peñarol, pentacampeão da Libertadores (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987). Nesta edição, o time uruguaio, que tem o atacante argentino Martinuccio como o grande destaque, passou por Internacional, Universidad Católica-CHI e Vélez Sarsfield nas fases eliminatórias anteriores.

A um jogo de fazer história, Muricy, assim como todos os santistas, já se permite sonhar com uma decisão do Mundial de Clubes contra o Barcelona, em dezembro, no Japão.

"Acho que todos os meninos sonham em jogar o Mundial, ainda mais contra o Barcelona, que é um grande time. Não tem como fugir disso, a gente sempre quer desafios melhores. Acho que isso é legal".

FICHA TÉCNICASANTOS X PEÑAROL-URU

Local: Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 22 de junho de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (horário de Brasília)
Árbitro: Sergio Pezzota (Argentina)
Assistentes: Ricardo Casas e Hernán Maidana (ambos da Argentina)

SANTOS: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Zé Eduardo
Técnico: Muricy Ramalho

PEÑAROL-URU: Sosa; Alejandro González, Carlos Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier; Martinuccio e Olivera
Técnico: Diego Aguirre

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